sábado, 7 de fevereiro de 2009

SALVAÇÃO


O tema central do evangelho de Cristo é a Salvação. A salvação é uma figura de linguagem de ampla aplicação que expressa a idéia de resgate da perdição e da miséria para um estado da segurança. O evangellho proclama que o mesmo Deus, que salvou Israel de Egito, Jonas da barriga do peixe, o salmista da morte, e os soldados de naufragar (Exodos 15:2; Jonas 2:9; Salmos 116:6; Atos 27:31), é o Deus que salva do pecado e das consequências do pecado para todo aquele que confiar em Cristo. Assim como estes livramentos foram feitos exclusivamente por Deus, e não são exemplos de pessoas salvando-se a si mesmas com a ajuda de Deus, assim é a salvação do pecado e da morte. “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.” (Efésios 2:8). “A salvação vem de Deus, o SENHOR!” (Jonas 2:9).
Do que os crentes são salvos? São salvos da ira de Deus, do domínio do pecado, e do poder da morte (Romanos 1:18; 3:9; 5:21); de sua condição natural de ser dominado pelo mundo, pela carne, e pelo diabo (João 8:23-24; Romanos. 8:7-8; 1 João 5:19); dos medos que uma vida pecadora gera (Romanos 8:15; 2 Timóteo 1:7; Hebreus 2:14-15), e de muitos hábitos e vícios que fazem parte da vida (Efésios 4:17-24; 1 Ts. 4:3-8; Tito 2:11 –3:6).
Como os crentes são salvos destas coisas? Através de Cristo, e em Cristo. O Pai é tão interessado em exaltar o Filho como Ele é em resgatar o perdido (João 5:19-23; Filipenses. 2:9-11; Colossenses 1:15-18; Hebreus 1:4-14). É fato dizer que os eleitos foram escolhidos para Cristo, o Filho Amado, assim como Cristo foi escolhido para os eleitos amados (Mateus 3:17; 17:5; Colossenses 1:13; 3:12; 1 Pedro 1:20; 1 João 4:9-10).
Nossa salvação envolve primeiro, a morte de Cristo por nós, segundo, Cristo vivendo em nós (João 15:4; 17:26; Colossenses 1:27) e nós vivendo em Cristo, unidos com Ele em Sua morte e ressureição (Romanos 6:3-10; Colossenses 2:12, 20; 3:1). Esta união vital, que é sustentada pelo Espírito, do lado divino, e pela fé, do nosso lado, é formada através do nosso novo nascimento, e pressupõe uma aliança no sentido de nossa eleição eterna em Cristo (Efésios 1:4-6). Jesus foi designado antes da fundação do mundo para ser nosso representando carregando os nossos pecados sobre seus ombros (1 Pedro 1:18-20; cf. Mateus 1:21), e nós fomos escolhidos para ser efetivamente chamados, conforme a Sua imagem, e glorificado pelo poder do Espírito (Romanos 8:11, 29-30).
Os crentes são salvos do pecado e da morte, mas para que ele são salvos? Para viver eternamente o amor de Deus — Pai, Filho, e Espírito. A fonte de amor para com Deus vem da redenção do amor de Deus por nós, e a evidência deste amor para com Deus é amor ao próximo (1 João 4:19-21). A finalidade de Deus, agora e daqui por diante, é continuar expressando seu amor em Cristo conosco, e nosso objetivo deve ser continuar expressando nosso amor às três Pessoas de Deus, adorando-O e servindo-o em Cristo. Uma vida de amor e de adoração é a nossa esperança da glória, nossa salvação presente, e nossa felicidade para sempre. Este artigo foi extraído do Concise Theology: A Guide to Historic Christian Beliefs by J. I. Packer.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

VIDA


Na perspectiva bíblica, a vida flui do Deus Vivo através do Filho (seu agente na criação e redenção) para dentro de um mundo sedento por vida "real" (veja João 6:57).

O DEUS VIVO

Deus Pai está acima de tudo - o "Deus Vivo" (Jeremias 10:10; João 5:26). Deus, a fonte de toda vida (1 Timóteo 6:13), deu aos seres humanos o sopro da vida na criação e os sustenta continuamente (Jó 34:14-15). Somente Deus é quem dá a vida (Gênesis 17:16) e a tira (Gênesis 3:22-24; 6:3; Salmos 104:29; Lucas 12:20).
O movimento é um sinal de vida, o homem é um corpo vivo e animado (Mateus 27:50; Lucas 8:55). Toda a natureza tem a vida vinda de Deus incutida (Atos 17:24-28). A vida, portanto, é sagrada, mas infelizmente é tão transitório quanto a grama, as nuvens, o orvalho e a sombra (1 Crônicas 29:15; Jô 7:6; Thiago 4:13-16; 1 Pedro 1:24). A vida longa é desejada (Gênesis 35:29); qualquer vida é preferível do que a morte e de infinita valia (Eclesiastes 9:4-6; Mateus 6:25; 16:26). A vida de uma pessoa pode ser realçada por amar e servir a Deus (Deuteronômio 30:15-20; 1 Pedro 3:8-12), por experimentar o livramento de Deus (Isaias 38:16) e por receber bênçãos divinas (Mateus 5:3-12).
CRISTO COMO VIDA

A palavra vida em grego é zoe. No grego clássico, essa palavra era usada para vida em geral. Tem alguns exemplos deste significado no Novo Testamento (veja Atos 17:25; Tiago 4:14; Apocalipse 16:3), porém em outras circunstâncias essa palavra era usada para apontar o divino, a vida eterna - a vida de Deus (Efésios 4:18). Esta vida residia em Jesus, e ele a fez disponível para todos aqueles que nele cressem. Todos os serem humanos nascem com a vida natural - chamada em grego de psuche (traduzido como "alma", "personalidade" ou "vida"); eles não possuem a vida eterna. Essa vida só pode ser obtida através da fé naquele que possui a vida-zoe, Jesus Cristo.
A qualidade de vida vibrante e transbordante disponível em Cristo era evidente na autoridade de seus discursos e no poder de seu toque (Mateus 9:18; Marcos 1:27, 41:42; 5:27-29). Ele é o "autor da vida" (Atos 3:15), que proporciona o caminho à vida (Mateus 7:14; 25:46; Marcos 8:35-37; Marcos 9:42-47). Ele levantou os mortos com seu poder vivificador. A sua própria ressurreição fez dele um espírito vivificador, com o poder de uma vida indestrutível (Romanos 8:2; 1 Coríntios 15:45; Hebreus 7:16). Assim, Jesus Cristo é a nossa vida (Colossenses 3:4) - nele temos "novidade de vida" (Romanos 6:4) e somos novamente criados vivendo de agora em diante para ele e não para nós mesmos (2 Coríntios 5:15-17).
João insiste especialmente no ponto em que Cristo é a raiz dessa nova vida (João 3:14-16; 5:21) para os filhos de Deus (João 1:12; 3:3, 5). Essa vida é desfrutada por aqueles que já conhecem à Deus e a Jesus (João 5:24; 17:3; 1 João 5:11-12), pois eles já passaram da morte para a vida (João 10:28; 11:26). Tal vida é abundante (João 10:10), iluminada (João 8:12), livre e satisfeita (João 10:9), vitoriosa (Romanos 6:6-14), cheia de paz e alegria (Romanos 5:1-11), inesgotavelmente refrescante (João 4:13-14; 7:37-38) e imortal (5:24; 1 Coríntios 15:51-57).
Tudo isso é possível, pois desde o começo "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" (João 1:4). Assim, a vida que há em Deus flui para o mundo através do Filho, que também tem vida em si próprio e a dá a quem ele quiser (João 5:26). Ele é a "ressurreição da vida" (João 11:25; 14:16) e demonstra isso restaurando a vida a membros paralisados, ressuscitando os mortos e vencendo a morte (João 5:5-9; 11:43; 20).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

REAL SIGNIFICADO DA MORTE

VISÃO GERAL
A Bíblia se refere a dois tipos de morte: a morte física, que acontece com todas as pessoas quando param de viver e a morte espiritual, quando elas não mantêm um relacionamento com Deus e Jesus Cristo.
O Velho e o Novo Testamento falam da morte de maneira diferente. O Velho Testamento fala mais de morte física e o que significava para os israelitas. O Novo Testamento fala mais de morte espiritual. Conta a história da vida de Jesus Cristo na Terra, que inclui sua morte e ressurreição. Também nos conta que, por causa da morte de Jesus, todas as pessoas têm a chance de viver eternamente nos céus com Deus.
A NO VELHO TESTAMENTO
Os israelitas aceitavam a morte como um fim natural da vida. Tinham como objetivo viver uma vida longa e plena, ter muitos filhos e morrer em paz com sua família. Uma morte prematura era vista como o resultado do julgamento de Deus sobre aqueles que Lhe eram desobedientes. O Rei Ezequias orou ao Senhor para prolongar sua vida mesmo não tendo sido totalmente obediente (II Reis 20:9). Jó quis limpar sua reputação com Deus antes de morrer (Jó 19: 25-26). Apesar de pensarem que a morte era o fim natural da vida, os isarelitas nunca a viram como uma experiência agradável. Tal como hoje, a morte era um fato triste que afetava profundamente as pessoas. A morte eliminava a pessoa do convívio de familiares e vizinhos. Mais importante ainda é que a pessoa não poderia mais se relacionar com Deus. A morte nunca era vista como um limiar para uma vida melhor no céu. Quando Deus deu a lei para Moisés e para o povo, afirmou claramente que qualquer desobediência aos seus mandamentos teria como conseqüência a morte. Pelo profeta Ezequiel Deus afirmou que todas as pessoas que O seguissem teriam vida, mas a qualquer que "se desviar da Sua justiça" certamente morrerá" (Ezequiel 18: 21-32). Portanto, toda morte era vista como um mau resultado de seu pecado e desobediência.
Mais tarde, essa idéia mudou. Os filósofos judeus começaram a desenvolver idéias sobre vida após a morte e ressurreição do corpo. O livro de Daniel traz a primeira referência sobre uma possível ressurreição dos mortos, quando profetiza " Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno"(Daniel 12;2).
Existem outras profecias semelhantes à de Daniel, feitas no período entre o Velho e o Novo Testamento, em que os filósofos judeus acreditavam que a alma era imortal e continuava a existir depois da morte; seu conceito de ressurreição e vida eternamente redimida da morte pôs em cena o trabalho de Jesus Cristo que subjugaria a morte para todas as pessoas.
MORTE E RESSURREIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
Enquanto no Velho Testamento a morte é um evento pessoal, no Novo Testamento é um tema teológico.
Por causa do primeiro pecado de Adão e Eva, o homem foi separado de Deus e essa separação trouxe a morte ao mundo. Cada pessoa depois de Adão seguiu seus passos. O apóstolo Paulo escreve "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23). Todos merecem morrer e uma vez que cometem pecado não são mais merecedores de uma relação com Deus. Quando o Novo Testamento fala sobre morte, está falando de viver uma vida sem Deus; seus escritores sabiam que a morte afeta todos os aspectos da vida. Sem Deus, vive-se com medo da morte e alguém que vive sem Cristo está espiritualmente morto. O livro de Hebreus conta que o diabo, que governa o mundo, é o senhor da morte (Hebreus 2;14). É fácil pensar na morte como um poder demoníaco que governava o mundo até que Cristo, o único que teve poder para vencer a morte em favor de todas as pessoas, finalmente a conquistasse.
Quando Cristo morreu, foi enterrado e ressuscitou ao terceiro dia, o poder que a morte tinha sobre o mundo foi permanentemente quebrado. O Novo Testamento descreve a vitória de Jesus sobre a morte de várias maneiras. Em Filipenses 2:8 lemos que Jesus foi obediente à morte. Em outra epístola, Paulo diz que "Ele morreu por todos" como sacrifício pelo pecado de todas as pessoas (II Coríntios 5:15). Pedro descreve como Jesus desceu ao Hades (lugar da morte) para conquistá-la (I Pedro 3: 18-19).
Sendo o único ser imortal, Deus é a fonte de toda a vida, e somente podemos viver se tivermos um relacionamento com Ele. A morte e ressurreição de Cristo proporcionam às pessoas a oportunidade de restaurar sua comunhão com Deus.
"Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas"(II Coríntios 5:17). Todas as pessoas que estabelecem um compromisso real com Jesus passam imediatamente da morte para a vida, e todas que obedecem as palavras de Deus terão a vida eterna.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

CUIDADO PARA NÃO NEGAR A FÉ

Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel (1 Timóteo 5.8).

Incrível! O cristão tornar-se pior do que o infiel? Isso tem ocorrido em todos os tempos. A Palavra declara que deixar de cuidar das pessoas do seu relacionamento e, principalmente, dos membros da própria família é tão grave, que o negligente é tido como pior do que o infiel, pois, na linguagem bíblica, ele negou a fé.Jamais pensamos que algum cristão poderia ser considerado pior que o infiel, mas é o Senhor quem assim o diz. O infiel comete o maior absurdo ao rejeitar a fé. Com isso, ele deixa de se unir ao Criador e, quer creia ou não, passará toda a eternidade em sofrimento. Isso acontece a quem liga a fé à religião, a qual o Senhor deplora.Dá pena ver tantas pessoas boas rejeitarem o plano da salvação. Se elas soubessem que, entregando a vida ao Senhor, iriam tornar-se mais úteis à sociedade, creio que a maioria iria fazê-lo bem depressa. Mas essa praga chamada religião, inventada pelo homem, faz com que muitos pensem que o Evangelho também seja uma religião e, por isso, fecham os olhos e deixam escapar a única oportunidade de serem felizes. Coitado de quem rejeita Cristo, pois será lançado no lago que arderá com fogo e enxofre por toda a eternidade (1 João 2.22, Apocalipse 21.8).Cuidado para você não ser considerado pior que o infiel! Cuide das pessoas do seu relacionamento e, também, dos da sua casa. O mais triste é que muitos daqueles que frequentam nossas igrejas e até alguns do ministério estão nessa qualificação. Eles sabem que os infiéis não herdarão o Reino, mas não sabem que são considerados assim.Examine-se e veja se você tem cuidado dos seus e dos da sua casa. O que tem feito pela salvação deles? Se não tem feito nada, a não ser tentar, de vez em quando, fazer um convite para que visitem a igreja ou orar por eles, talvez, você esteja caminhando para a perdição. O Senhor não aceita desculpas de estar muito ocupado para se interessar pela salvação dos perdidos. Quem foi iluminado recebeu a obrigação de cuidar dos seus.A fé que nos salvou também fez com que a nossa família fosse colocada sob o mesmo manto da salvação. Compete a nós cuidar deles, evangelizando-os e encorajando-os a lutarem para não serem enganados pelo maligno. Ai daquele que nada faz pelos seus, pois, ao deixar a Palavra perder-se nessas vidas, ele também se perderá.Se isso tem acontecido com você, busque o perdão do Senhor, peça nova oportunidade e, a partir de agora, cuide dos seus.

Mensagem do Missionário, R. R. Soares.