quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

TER A MENTE DE CRISTO

Em I Coríntios 2:16, o Apóstolo Paulo afirma que temos a mente de Cristo, "Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (I Coríntios 2 : 16), mas o que é ter a mente de Cristo?

Ter a mente de Cristo é pensar como Jesus pensava, Jesus pensava só na Palavra, Ele vivia, pensava e agia de acordo com a Palavra de Deus.

Se o Apostolo Paulo afirmou tal fato, é porque todos nós Cristãos podemos e temos que ter a mente de Cristo, pois esta é a vontade de Deus para todos os filhos Dele.

Ter a mente de Cristo não exige sacrifício nosso, pelo contrário é um prazer para nós, pois isto se adquire tendo intimidade com o Senhor, e esta intimidade vem através da nossa entrega total as coisas de Deus.

Podemos verificar na Palavra de Deus que Jesus possuía características que vinham da palavra, pois Ele próprio é a Palavra de Deus, é o verbo (Palavra) que se fez carne. "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (João 1 : 14), estas característica, são os frutos do Espírito citados em Gálatas 5:22: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." Todas estas qualificações do fruto do Espírito Santo nós também temos que ter, pois no evangelho de João capítulo 15 o Senhor Jesus compara-se com uma videira, cujos os ramos são aqueles que estão ligados a ele, ou seja são os cristãos que estão ligados na Palavra. Notamos que uma árvore (videira), transmite para seus ramos a mesma essência que o caule, ou seja os elementos que compõem um caule de uma planta são os mesmos que compõem seus caules, a semelhança desta comparação nós que temos a vida de Cristo teremos que ter também os mesmos elementos Dele, a mesma essência, ou seja os mesmos frutos, mas isto só acontece para aqueles cristãos que estão ligados na Palavra de Deus, obedientes aos mandamentos do Senhor.


Flávio Franklin

domingo, 30 de novembro de 2008

Santidade

Santidade é o principal atributo de Deus e uma qualidade a ser desenvolvida em seus seguidores. "Santidade" e o adjetivo "santo" aparecem muitas vezes na Bíblia.
No Velho Testamento, a primeira palavra para santidade significa cortar ou separar. Fundamentalmente, santidade é um corte ou separação de algo impuro e consagração ao que é puro.

SANTIDADE NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento, santidade, quando aplicada a Deus, se refere ao seu domínio sobre a Criação e à perfeição moral de Seu caráter. Deus é santo na medida em que Ele é completamente distinto da sua criação e exerce soberana majestade e poder sobre ela. Sua santidade é um tema de vulto nos Salmos (Salmo 47:8) e nos Profetas (Ezequiel 39:7), onde "santidade" emerge como sinônimo para o Deus de Israel. As Escrituras dão a Deus os títulos "Santo" (Isaías 57:15), "o que é Santo" (Jó 6:10; Isaías 43:15) e "Santo de Israel" (Salmo 89:18; Isaías 60:14).
No Velho Testamento, santidade de Deus significa que o Senhor é separado de tudo que é mal e corrompido (Jó 34:10). Seu caráter santo é o padrão de absoluta perfeição moral (Isaías 5:16).
A santidade de Deus - sua majestade transcendente e pureza de caráter - é habilmente apresentada no Salmo 99. Os versos 1-3 retratam a distância de Deus das coisas terrenas, e 4-5 enfatizam sua separação do pecado e do mal. Também no Velho Testamento Deus ordenou santidade nas vidas das pessoas. Através de Moisés, Deus disse a Israel, "Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo." (Levítico 19:2).
A santidade descrita no Velho Testamento tem dois sentidos:

1. Exterior ou cerimonial
2. Interior ou moral e espiritual

A santidade cerimonial do Velho Testamento descrita no Pentateuco (os cinco primeiros livros do Velho Testamento) incluía rituais de dedicação ao serviço de Deus. Assim sacerdotes e levitas eram santificados por um ritual complexo (Êxodo 29:1), como foram os hebreus nazireus (Números 6:1-21). Profetas como Eliseu (II Reis 4:9) e Jeremias (Jeremias 1:5) também foram santificados para um ministério profético especial em Israel.
Mas o Velho Testamento também dirige atenção para os aspectos íntimos, morais e espirituais da santidade. Homens e mulheres, criados à imagem de Deus, são chamados a cultivar a santidade do caráter de Deus nas suas próprias vidas (Levítico 19:2).
No Novo Testamento a santidade cerimonial proeminente no Pentateuco passa para um segundo plano. Muito do Judaísmo no tempo de Jesus procurava a santidade cerimonial pelas obras (Marcos 7:1-5), logo o Novo Testamento enfatiza a dimensão ética da santidade em vez da dimensão externa. (Marcos 7:6-12).
Com a vinda do Espírito Santo, a igreja primitiva percebeu que a santidade da vida era uma realidade interna profunda que deveria governar as atitudes e pensamentos de um indivíduo em relação a pessoas e objetos do mundo exterior.

SANTIDADE NO NOVO TESTAMENTO

A palavra grega usada no Novo Testamento equivalente à hebraica para santidade significa um estado interior de liberdade de falha moral e relativa harmonia com a perfeição moral de Deus.
A expressão "semelhança de Deus" contém o sentido da palavra original grega para santidade. Há uma outra palavra grega que descreve o conceito de santidade dominante no Velho Testamento como separação exterior do mundo e dedicação ao serviço de Deus. Porque os escritores do Novo Testamento assumiram o retrato de deidade do Velho Testamento, santidade é atribuída a Deus em poucos de seus textos.
Jesus afirmou a natureza ética de Deus quando ensinou seus discípulos a orar que o nome do Pai deve ser honrado pelo que Ele é, "Santificado seja o o teu nome" (Mateus 6:9).
No livro do Apocalipse a perfeição moral do Pai é descrita com a atribuição tríplice de santidade emprestada de Isaías: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir." (Apocalipse 4:8). Lucas, entretanto, contemplou a santidade de Deus nos termos do conceito dominante no Velho Testamento de Sua transcendência e majestade (Lucas 1:49).