sexta-feira, 19 de junho de 2009

TESTEMUNHO DO PILOTO JAPONÊS COMANDANTE DO ATAQUE A PEARL HARBOR

Das negociações à guerra

Meu nome é Mitsuo Fuchida. Sou japonês e nasci em 1902, dois anos antes da Guerra Russo-Japonesa. Ainda jovem, tornei-me piloto da marinha de guerra. Meu grande ídolo naquela época era o almirante Heihachiro Togo, que, aos 57 anos, comandou a esquadra japonesa que destroçou a esquadra russa na batalha de Tsushima em 1905.Em 1941, nossas relações com os Estados Unidos estavam cada vez mais tensas. O presidente Franklin Roosevelt pressionava o Japão, especialmente pela via econômica, na tentativa de impedir nossa expansão territorial na Ásia. Já havíamos ocupado a China e a Indochina. Os bens japoneses na América foram congelados, o intercâmbio comercial entre os dois países foi suspenso e, por fim, o governo americano decretou o embargo de petróleo para o Japão. No final de novembro daquele ano, uma nova rodada de negociações entre os dois países foi por água abaixo.
Então, no dia 1º de dezembro, recebemos ordem para atacar a base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí, a 7.500 quilômetros de Tóquio. Nossa esquadra era composta de dois couraçados, dois cruzadores, nove contratorpedeiros, oito navios de reabastecimento, oito submarinos e seis porta-aviões que transportavam 423 aviões de combate. No dia 5, sexta-feira, nos estabelecemos a 425 quilômetros de Pearl Harbor, ponto de onde nossos aviões decolariam para o ataque de surpresa. Eu era o comandante chefe do esquadrão aéreo.No dia 7 de dezembro de 1941, domingo, levantei-me às 3h30 da madrugada e apresentei-me ao vice-almirante Nagumo. Ele pôs-se de pé, apertou firmemente minha mão e me disse: “Fuchida, tenho confiança em você”. Pouco depois levantamos vôo. Nessa primeira leva, íamos com 183 aviões. O meu tinha a parte traseira listada de vermelho e amarelo, para indicar que era o avião do comandante.Às 7h30 estávamos sobre a ponta nordeste da ilha. Nenhum sinal de que os americanos haviam notado nossa aproximação. Às 7h49 dei ordem de ataque e, em menos de duas horas, cumprimos com êxito nossa missão. Antes de retornar ao porta-aviões, lancei duas bombas sobre o USS Maryland. Quatro dias antes, eu havia completado 39 anos. Era casado e tinha filhos, mas dedicava pouco tempo à família por ser um militar.Havia 140 aviões americanos na pista do campo de Aviação Militar de Wheeler, pousados um ao lado do outro e desarmados, e vários navios de guerra (oito encouraçados, três cruzadores e oito destróieres) na baía de Pearl Harbor. Fizemos um arraso. Destruímos dois terços dos aviões, danificamos e afundamos vários navios e provocamos a morte de 2.323 pessoas. A maior parte morreu dentro do Arizona, cuja tripulação era de 1.511 homens, dos quais apenas 324 sobreviveram. A bomba que lançamos sobre o Arizona atravessou o convés e explodiu mais de 450 toneladas de munição.
Perdemos 29 aviões e seus pilotos, bem como nove dos dez tripulantes dos cinco “submarinos de bolso” que deveriam entrar no porto na hora do bombardeio. A missão deles era uma missão suicida. O único que sobreviveu chamava-se Kazuo Sakanaki e tinha 24 anos. Tornou-se o primeiro prisioneiro de guerra japonês.Só depois soubemos do nosso erro fatal: não havíamos destruído os tanques de armazenamento de óleo, onde havia 700 milhões de litros. Sem eles, os americanos seriam obrigados a recuar para a costa continental.

De Pearl Harbor a Hiroshima

Como era de se esperar, no dia seguinte, 8 de dezembro de 1941, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão. Três dias depois, graças à aliança que havia entre a Alemanha, a Itália e o Japão, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos EUA e vice-versa. Então o conflito bélico iniciado em 1939 na Europa tornou-se mundial, envolvendo mais de cinqüenta países em dois grandes blocos: de um lado, o Eixo, e do outro, os Aliados. Em seis anos, de setembro de 1939 a setembro de 1945, mais de 10 milhões de soldados aliados e cerca de 6 milhões de soldados do Eixo morreram nessa guerra, que custou mais de 1,15 trilhão de dólares.Durante seis meses, mantivemos a supremacia do Japão no Pacífico. Mas não fomos bem-sucedidos no ataque que fizemos à base aeronaval americana nas ilhas Midway, a 1.600 quilômetros a noroeste do Havaí, no início de junho de 1942. O almirante americano Chester Nimitz pôs a pique quatro de nossos porta-aviões e dois cruzadores, obrigando o nosso almirante Isoroku Yanamoto a se retirar. Eu estava presente, mas não pude participar da batalha porque tive uma inesperada apendicectomia a bordo do navio. Uma bomba lançada em meu navio quebrou minhas pernas e me jogou no mar. Fui resgatado e mandado de volta ao Japão.
Por causa de meu estado físico debilitado, não fui enviado a Guadalcanal, que havíamos ocupado e de onde os americanos nos expulsaram em fevereiro de 1943. Talvez Deus tenha me poupado de morrer ali. Aliás, além de meu salvamento quando da batalha de Midway, escapei da morte por um triz quando o combustível do meu avião acabou e tive de fazer um pouso forçado sobre o mar. Estava voltando de um vôo de reconhecimento entre Taiwan e China. Fui parar perto de um brejo.Dois anos e meio depois de Guadalcanal, no dia 6 de agosto de 1945, os americanos lançaram uma bomba atômica em Hiroshima. Eu estivera na cidade para uma conferência militar até o dia anterior. Havia então viajado para Tóquio a chamado do quartel-general da marinha. Três dias depois, outra bomba atômica foi jogada sobre Nagasáqui. Mais de 130 mil japoneses foram mortos — 92 mil em Hiroshima e 40 mil em Nagasáqui. Não tivemos outra saída senão aceitar e assinar as condições de rendição impostas pelo vencedor. Houve uma onda de suicídios no Japão, pois em nossa cultura é melhor morrer do que ser vencido. Três anos, oito meses e 22 dias após o bombardeio de Pearl Harbor, o presidente Harry Truman proclamou a data de 2 de setembro como o Dia da Vitória sobre o Japão.

Do Catecismo de Guerra para a Bíblia

Uma semana depois da rendição do Japão, encerrei minha carreira militar e fixei residência em Kashiwara, perto de Osaka. Estava com 43 anos. Fui trabalhar numa fazenda. Por haver passado 25 anos na marinha, tive muita dificuldade de me adaptar à vida civil. Tornei-me cada vez mais infeliz, especialmente quando começaram a investigar e montar tribunais para julgar crimes de guerra. Embora eu nunca tenha sido acusado, o general Douglas MacArtur me chamou várias vezes para depor. Até então não me importava com a religião. Mas, em contato íntimo com a terra, comecei a pensar em um Deus criador. Nunca fui ateu, mas cresci em ambiente não religioso. Minha ideologia era o “Catecismo de Guerra”.Uma coisa que me impressionava sempre era o fato de eu estar vivo. Dos setenta oficiais que decolaram do porta-aviões Akagi naquela manhã de domingo para atacar Pearl Harbor, eu era o único que sobrevivera à guerra. Então comecei a escrever um livro cujo título seria Chega de Pearl Harbor! Descobri que, para não haver mais guerra na face da terra, o amor deveria tomar o lugar do ódio. O problema era saber quem poderia realizar tamanha transformação.
Nesse estado de espírito, fui a Tóquio para mais um interrogatório. Foi no dia 14 de abril de 1950, cinco anos depois do término da Segunda Guerra Mundial. Quando desci na estação de Shibuya, alguém me deu um folheto com o sugestivo título Eu fui prisioneiro no Japão. Era a história da conversão de um piloto americano que fora obrigado a saltar de pára-quedas, oito anos antes, em área ocupada por japoneses. Preso até o final da guerra, esse homem, chamado Jake Deshazer, teve tempo suficiente para ler a Bíblia. Veio a experimentar uma profunda transformação, manifestada especialmente na troca do ódio pelo amor aos japoneses. Com a libertação, Deshazer teve um período de treinamento nos Estados Unidos e voltou ao Japão, dessa vez como missionário.Essa mensagem viva, poderosa e humana, citando situações e nomes que eu conhecia tão bem, levou-me progressivamente ao mesmo Jesus Cristo de Deshazer. O drama da crucificação de Jesus e uma de suas palavras na cruz, aquela que diz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34), foram decisivos para mim.Senti-me como um daqueles por quem Jesus havia orado. As muitas pessoas que haviam morrido por causa de mim foram imoladas em nome do patriotismo, pois não entendiam o amor que Cristo queria implantar em cada coração. Foi aí que me encontrei com Jesus pela primeira vez. Percebi o significado de sua morte substitutiva e então tive a coragem de orar confessando os meus pecados e pedindo que Ele mudasse a minha vida. De um amargo e desiludido ex-piloto de guerra, eu queria tornar-me um cristão equilibrado e com propósito na vida.Encontrei muita dificuldade e oposição. Alguns amigos da minha família não conseguiram entender nem aceitar minha nova vida. Velhos companheiros de guerra tentaram me persuadir a esquecer aquela “idéia louca”. Não faltou quem me acusasse de oportunismo, alegando que eu havia abraçado o cristianismo somente para impressionar “os nossos vitoriosos americanos”.A princípio, escondi dos outros a minha conversão. Um belo dia, porém, numa das ruas mais movimentadas de Osaka, presenciei uma reunião ao ar livre. O grupo, equipado com um sistema de alto-falantes, estava pregando o evangelho. Não me contive. Pedi a palavra e comecei a contar sobre a minha conversão. Declarei à multidão ali reunida que eu era Mitsuo Fuchida, o homem que havia comandado o ataque aéreo a Pearl Harbor, e que havia me convertido a Jesus Cristo. No dia seguinte, os jornais divulgaram a notícia. Um deles estampou a manchete: “Do Catecismo de Guerra para a Bíblia”. As reações variavam da censura ao aplauso.A partir daí tornei-me um ousado pregador do evangelho no Japão, em outros países da Ásia e até mesmo no Ocidente. Mais tarde fui ordenado pastor presbiteriano.Há poucos dias, numa entrevista para uma revista norte-americana, declarei: “Aqueles que dirigem o Japão — e todas as outras nações — não devem ignorar a mensagem de Jesus Cristo nas décadas que hão de vir. A juventude deve se conscientizar de que Ele é a única esperança para este mundo atribulado.”

domingo, 14 de junho de 2009

CHAMADOS SEGUNDO O PROPÓSITO DE DEUS

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8 : 28)
Ao lermos este versículo da Bíblia, temos que ter o cuidado de não isolá-lo do resto da Palavra como muitos cristãos fazem.
Muitas pessoas por falta de sabedoria acham que tudo que acontecer com elas é da vontade de Deus, pois se dizem amantes de Deus, só que o Senhor é bem claro em dizer que as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, ou seja nem todos amam a Deus, acho até que a maioria dos cristãos infelizmente não sabem o que é amar a Deus. O Senhor completa o versículo acima dizendo daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
O Senhor tem um propósito para os que verdadeiramente O amam.
Quem ama a Deus é chamado de acordo com o propósito Dele.
E como sabemos se alguém ama a Deus?
A resposta é dada pelo próprio Senhor Jesus no evangelho de João:
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada." (João 14 : 23)
Ama o Senhor aquele que guarda a Sua Palavra, isto é incondicional para Deus, quem não guarda Sua Palavra não O ama e é mentiroso.
"Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou." (João 14 : 24)
Guardar a palavra do pai é o essencial para que Ele se manifeste em nosso favor.
"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele." (João 14 : 21)
Quem guarda a Palavra de Deus realmente O ama e é chamado segundo o Seu propósito.
Exemplo de como se guarda a Palavra de Deus.
Quando estamos na escola e temos uma prova de alguma matéria para realizar, se estudamos guardamos a matéria e na hora da prova sabemos responder de acordo com que guardamos e somos aprovados.
Da mesma maneira se guardarmos a Palavra de Deus, na hora da provação se agirmos de acordo com ela é porque a guardamos, caso contrário se agirmos diferente da palavra em qualquer situação é porque não estamos guardando-a e para o Senhor não estamos amando-O.
Esta situação é incondicional independente do que pensamos ou sentimos pois está escrito na Palavra, e o que está escrito Nela é a verdade.
Existem cristãos que lêem a Bíblia diariamente, que vão a igreja três, quatro vezes por semana, mas não guardam a Palavra, pois a provação chega e logo agem como um verdadeiro ímpio, estas pessoas demonstram para o Senhor que não O amam.
Amemos ao Senhor guardando Sua palavra e seremos amado Dele e Ele pode nos usar conforme Sua vontade.

Flávio Franklin